A Comunicação Não Violenta, também conhecida como CNV, é uma abordagem criada pelo psicólogo, Marshall Rosenberg, que busca a resolução de conflitos por meio de diversas práticas que estimulam a compaixão e a empatia.
Uma boa parte dos conflitos que acontecem entre as pessoas são em decorrência da forma com que as ideias são expostas, mais ainda do que uma opinião divergente entre as partes. E, foi justamente baseado nisso que o psicólogo norte-americano, Marshall Rosenberg, desenvolveu o conceito de Comunicação Não Violenta (CNV). Ele é utilizado há mais de 40 anos por mediadores, facilitadores e voluntários de todo o mundo.
De acordo com o criador do conceito, em seu livro Comunicação Não Violenta – técnicas para aprimorar relacionamentos pessoas e profissionais, “a Comunicação Não Violenta é baseada nos princípios da não violência. Ela começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias não violentas (verbais e não verbais) são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. A CNV também assume que todos compartilham necessidades humanas básicas e que cada uma de nossas ações é uma estratégia para atender a uma ou mais dessas necessidades”.
Em linhas gerais, podemos dizer que a Comunicação Não Violenta é um modo de vida baseado no olhar ao próximo e na compaixão, os quais, exercidos por meio da comunicação, cria relações positivas e evita uma série de conflitos.
Assim, qualquer um que esteja atento às suas formas de comunicação pode melhorar relacionamentos pessoais e profissionais por meio da percepção das necessidades do outro e dos momentos em que se comunica com agressividade, cinismo ou até mesmo indiferença.
É importante que, antes de falarmos sobre a Comunicação Não Violenta na prática, você entenda que ela não se trata de técnicas pré estabelecidas, mas sim de criar um estado de consciência que auxilie o desenvolvimento da compaixão.
A CNV é baseada, de modo geral, em quatro componentes. Veja quais são eles:
A resolução de conflitos por meio da CNV acontece por meio de diversas práticas, como encontros em grupo, cursos, oficinas e dinâmicas, as quais propõe uma série de exercícios aos participantes.
Entre eles, estão a auto observação, o olhar para fatos externos, contato com crenças e sentimentos, percepção de necessidades próprias e alheias, admissão e entendimento de possíveis diferenças.
O objetivo é despertar nas pessoas a humanidade, a empatia e a compaixão, bases de uma Comunicação Não Violenta, as quais resultam em relações pacíficas.
Uma das entidades brasileiras que trabalham com o conceito de CNV e o aplica em grandes organizações, é a Escola de Diálogo de São Paulo, a qual , por meio de cursos e oficinas, busca melhorar a qualidade da comunicação e, com isso, diminuir os conflitos no ambiente de trabalho.
Apesar de as práticas de Comunicação Não Violenta serem utilizadas amplamente por profissionais que atuam na resolução de conflitos, como citamos, qualquer um que queira melhorar o ambiente onde vive ou trabalha pode aplicá-la em seu dia a dia.
Para isso, certamente, é necessário estudo, prática, dedicação, esforço, paciência e um envolvimento genuíno com a questão. Veja agora alguns passos para aplicar a CNV na prática:
Esperamos que depois de ler esse artigo, você passe a ficar mais atento às suas formas de comunicação e possa exercitar a compaixão em sua rotina. Isso não significa ser passivo ou aceitar situações desconfortáveis sem revidar, mas sim ter um novo olhar aos sentimentos, necessidades e valores próprios e, mais do que isso, observar os outros com olhos da empatia.
Um bom caminho para isso é desenvolver a assertividade na comunicação interna da sua empresa, gerando resultados positivos para os profissionais e contribuindo para melhoria de resultados na empresa. Saiba como!